Monday, May 08, 2006

O passado bate à porta

Leio na penúltima página da edição de hoje do diário “O Jogo” - aquela em que publicam fotografias de senhoritas desnudas na vã esperança de vender tanto quanto o “Record” - que uma professora de um liceu norte-americano foi afastada de funções após ser descoberto que há dez anos participou num filme pornográfico. Alguns alunos defenderam a docente, mas não houve volta a dar: Tericka Dye perdeu o emprego.
Este caso, que ocorreu nos Estados Unidos como poderia acontecer numa escola portuguesa, revela a tacanhez da generalidade das pessoas e a tentação de andar constantemente com o dedo apontado aos outros. Tericka Dye deveria apenas ser despedida se fosse uma má professora. Ou se andasse a convencer alunos e alunas a participar em filmes pornográficos. Tudo o resto tem a ver com o seu passado - no limite poderia até ter com o seu presente, embora conciliar as duas actividades implicasse doses mastodônticas de engenho - e, tendo em conta que não implicou fazer mal a ninguém (suponho que até o Opus Dei concordará que fazer sexo para uma câmara não é a mesma coisa do que agredir ou matar alguém), é apenas da sua conta.

P.S. - Embora pareça, garanto que não fiz nenhum filme pornográfico há dez anos

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