A precisão matemática do Bloco de Esquerda
Ruben de Carvalho assina hoje no “Diário de Notícias” um fantástico artigo acerca da quantidade de filiados no Bloco de Esquerda que o “Expresso” publicou na sua última edição. O grande animador da Festa do “Avante!” reparou que os totais distritais de bloquistas “documentados” são sempre múltiplos dos 61 militantes supostamente existentes em Portalegre. Confesso que no sábado só dei conta de outro inquietante detalhe: o partido de frei Louçã e do professor Rosas tem exactamente 122 militantes - nem mais um nem menos um, respeitável público - nos distritos de Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Évora e Beja, tal como na região autónoma dos Açores. O que me leva a crer, colocando de parte a hipótese de os valores serem inventados - pessoas tão afectas à verdade quanto os dirigentes bloquistas nunca cometeriam tal crime... -, que vigora um regime de “numerus clausus” para aceder ao apetecível estatuto de camarada de Luís Fazenda e Ana Drago. Seria uma explicação plausível, ainda que - como dizê-lo sem receber acusações de ser um agitador ao serviço do imperialismo norte-americano? - talvez demasiado elitista para o navio-almirante da extrema-esquerda em Portugal.
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