Tuesday, July 18, 2006

Quando a cuspidela na cara tem bons sentimentos

A França terá pulado ontem umas quantas posições no “ranking” dos países mais contaminados pelo politicamente correcto. Harry Roselmack, cidadão de origem antilhana, tornou-se o apresentador do telejornal das 20h00 da TF1. Uma decisão justificada pelo director de informação como uma consequência da “vontade antiga da TF1 de pôr na antena jornalistas que reflictam a sociedade francesa na sua diversidade”. Lamento não conseguir juntar-me aos aplausos, por muito que isso implique que um certo “blogger” tenha de convencer outros de que eu não sou um racista de merda - desculpa lá, Chico -, visto que a promoção de Roselmack está inquinada pela forma como certas almas persistem em cuspir na cara daqueles de quem se julgam beneméritas. Não conheço o novo “pivot” da TF1, mas tenho a certeza de que este ficaria mais feliz se o reconhecimento das suas capacidades enquanto profissional e indivíduo fosse o primeiro e único critério para a conquista do telejornal das 20h00. Nunca o facto de reflectir seja lá o que for “na sua diversidade”. Ainda bem - para os jornalistas de epiderme menos clara e para os seres humanos em geral - que na televisão portuguesa ainda não imperam critérios tão insultuosos.

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