Quem anda à chuva por vezes cobre-se de lama
Sei por experiência própria que o exercício da sátira é tão arriscado quanto caminhar no arame e sem rede. A fronteira entre humor e vilania torna-se de tal forma ténue que basta um pequeno deslize para que resulte algo inqualificável quando mais não se pretendia do que conquistar um sorriso (ou até uma risada) a um eventual leitor do nosso trabalho. Ao longo dos últimos anos aconteceu-me cair em falso um punhado de vezes, mas o rol poderia ser quilométrico se não exercesse uma saudável autocensura antes de enviar textos para os paginadores. Tendo tudo isto em conta, permito-me condenar a menção à notável do "glorioso" Leonor Pinhão que aparece hoje na página de humor do "Record". Além do tremendo mau gosto da piada que lhe foi destinada, o facto de a jornalista com quem tive o prazer de trabalhar no "Público" ser actualmente colunista de "A Bola" deveria aconselhar maiores cautelas...
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