Wednesday, January 24, 2007

A homenagem devida

No decorrer das minhas aventuras no jornalismo português cruzei-me com um assinalável (mesmo que pouco extenso) conjunto de crápulas. Felizmente também encontrei gente a quem tiraria o chapéu caso tivesse o hábito de o usar. Como ando de cabeça descoberta tenho de manifestar respeito por essas pessoas de outra forma. Aqui vai: Luís Filipe é um homem bom e um grande talento do jornalismo (não escrevo do jornalismo desportivo por ter a certeza de que ele seria igualmente bom nas áreas em que não escolheu trabalhar) ao lado do qual tive o grato prazer de trabalhar no "Independente". Um dia respondeu ao desafio de fundar uma revista desportiva semanal que fosse além do caudal de informação disponibilizado por três diários, várias rádios e algumas televisões. A revista chamava-se "Doze" e durou enquanto conseguiu durar. Primeiro enquanto projecto independente e depois inserida num fortíssimo grupo editorial pouco empenhado em viabilizá-la. O Luís empenhou corpo e alma numa luta em que foi com idêntico brio soldado, comandante e adjunto de comandante. Depois do último número os seus amigos não puderam deixar de ver como sofreu com a injustiça de um mercado de emprego que o olhou de soslaio. Mas ele não perdera qualquer uma das suas muitas qualidades. Provou-o ao lançar o "site" Sportugal, capaz de marcar pontos num sector altamente concorrencial. Está agora a atravessar um mau bocado, acusado que está do mais estúpido "crime" de que um jornalista pode ser acusado. Como o Luís está proibido de contactar os média envio-lhe deste modo o meu abraço e o meu apoio. E aos leitores do Papagaio Morto peço que criem o hábito de passar os olhos pelo trabalho que ele e a sua equipa fazem quando não estão ocupados a receber visitas da Polícia Judiciária.

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