Monday, August 21, 2006

A teoria do pouco terno retorno

Daqui a poucas horas irei aplaudir Luís Figo. Estaria a ser hipócrita se dissesse que é a homenagem ao ex-capitão da selecção que me impele a estrear a Gamebox 2006-07. Aquilo que mais desejo é ver ao vivo pela primeira vez alguns dos reforços da equipa e, se possível, assistir a uma boa exibição do Sporting frente ao Inter. Mas será um prazer rever aquele que só a inclemente evolução do futebol enquanto indústria de entretenimento impediu de ser a mais marcante figura do clube de Alvalade, ultrapassando Peyroteo, Travassos, Jesus Correia, Juca, Hilário, Yazalde e Manuel Fernandes. Quando o vir a fazer os seus cruzamentos venenosos para Ibrahimovic ou Adriano saberei o quanto é provável que o "business man" esteja a pensar que dificilmente trocará um salário multimilionário pelo regresso à casa da partida. Luís Figo é assim. Racional, inteligente, prático e realista. Pode ser muito sportinguista mas quer amealhar mais uns quantos milhões a fazer o que melhor sabe. Está no seu direito e, caso por um instante pudesse estar no seu lugar, provavelmente faria o mesmo. Mas não duvido que ao pisar aquele novo Alvalade XXI, edificado nos terrenos onde antigamente ficavam os relvados utilizados pelas equipas de inciados, juvenis e juniores do Sporting, ele sentirá a nostalgia mínima garantida. Mesmo que não desate a chorar caso marque um golo.

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