O melhor estava guardado para o fim
Esta segunda-feira tinha tudo para ser um péssimo dia a servir de prólogo para uma péssima semana. Perdi hoje preciosas horas e uma razoável parte das solas dos sapatos a resolver problemas surreais relacionados com telecomunicações - fiquei tão mal impressionado com a Optimus, de que sou "pioneiro" e financiador regular desde há quase uma década, que pela primeira vez na vida requeri o livro de reclamações - e quando finalmente regressei a casa percebi que já não tinha tempo para fazer as tarefas que prometera a mim próprio cumprir. Havia uma solução tristonha à disposição: ignorar o pesado investimento na Gamebox e limitar-me a acompanhar o Sporting-Braga pela TVI. Mas não é a mesma coisa. Juro que não. Estar no Alvalade XXI a gritar em uníssono com milhares de desconhecidos é o mais próximo de uma religião organizada que ouso professar. Lá fui. Carregado de pessimismo. Escolhi uma das últimas filas, observando o relvado de cima como um aspirante a Pai Eterno. Sentei-me e em poucos minutos recarreguei as baterias. A rapaziada-ouçam-lá-o-que-vos-digo estava de tal forma devoradora dos enviados da cidade dos arcebispos que se arrisca a ser alvo de reportagens de duas páginas no "Diário de Notícias". Primeiro foi um brilhante autogolo marcado por um jogador que estava a cometer uma despudorada grande penalidade (obviamente não assinalada, pois na SAD ninguém se lembrou de contratar o infalível Vidoso) sobre um leão indomável. De seguida outro golo de cabeça. E ainda mais um na segunda parte. Sempre a atacar, sem medo de ser feliz, a equipa escolhida por Paulo Bento teve o condão de me alegrar o dia. Como diriam os meus egrégios avós da Beira Alta, bem-hajam Ricardo, Caneira (Abel), Polga, Tonel e Tello; Custódio, João Moutinho e Farnerud (Nani); Yannick, Alecsandro (Miguel Veloso) e Liedson.
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