Segundo balanço de 2006
O Papagaio Morto tem o prazer de anunciar que a Mulher do Ano é... Luciana Abreu. Anteriormente conhecida pela equívoca alcunha de "borboleta", a primeira gaiense a conquistar Portugal (abrindo o caminho para a cavalgada triunfal de Luís Filipe Menezes) não parou um segundo ao longo do ano, lamentando-se por as mesquinhas leis do espaço e do tempo não lhe permitirem estar ao mesmo tempo no estúdio de gravações, no Coliseu dos Recreios e numa assinatura de autógrafos. Estrela de uma telenovela importada da América Latina cujo enredo inclui príncipes encantados com coloração de cabelo duvidosa, diálogos insanos com árvores e um par de bruxas más em que a mãe tem praticamente a mesma idade da filha, a exausta Luciana terá sido a portuguesa que mais vezes recorreu às urgências hospitalares durante o ano, prevendo-se que a qualquer momento seja apresentada por José Sócrates como exemplo a seguir pelos preguiçosos trabalhadores portugueses. Espera-se que Deus esteja mais com ela do que com Alexandra Solnado e a ajude a suportar o ritmo de trabalho que a SIC e a sua família exigem, até porque o cardeal Saraiva Martins já tem candidatos a santos suficientes. Mas a sua integridade física precisa de ser garantida a todo o custo por outro motivo: qualquer infausto acontecimento levaria a que milhares de fãs de tenra idade (ou idade mental condizente) encetassem o maior (e ri-fixe) suicídio em massa desde que o profeta californiano Jim Jones conduziu os seguidores para a Guiana.
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