Wednesday, November 29, 2006

Carmona vai em frente, cada vez mais indigente!

Escrevi há bastante tempo, ainda no saudoso Acidental, que o primeiro voto no PSD nunca se esquece. Continuo a manter esta opinião mas não me importava de ter um ataque fulminante de amnésia sempre que Carmona Rodrigues desmerece mais um pouco o meu modesto contributo para a sua vitória nas autárquicas. O mais recente episódio, com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa a "explicar" os motivos do fim da aliança com o CDS/PP precisamente numa reunião em que a ausência da vereadora Maria José Nogueira Pinto tornava a árdua tarefa menos difícil, demonstra um evidente e perturbador défice de coragem e capacidade de confronto. Mas o que realmente me gela o sangue é a questão de fundo: o homem que os lisboetas escolheram para gerir a cidade durante quatro anos cedeu, sem pestanejar, à mesquinha pressão de Marques Mendes e afastou uma pessoa (competente ou não) pelo simples facto de ter apoiado Luís Filipe Menezes. Ao fazê-lo, Carmona não só aceitou ser capacho como cometeu um inaceitável erro de cálculo: os 119 mil votos com que foi eleito para liderar a capital conferem-lhe uma legitimidade muito superior à que 18 mil militantes social-democratas deram a Marques Mendes nas directas.

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