A balbúrdia em curso
Ainda estávamos todos a digerir a reinvenção do "Público" - a qual provocou rupturas de "stock" das míticas pastilhas Rennie nas melhores farmácias - quando Joaquim Oliveira decidiu cortar a eito em dois dos seus quatro diários. Afastadas as direcções do "Diário de Notícias" e do "24 Horas", o mercado começou de imediato a mexer. E as teorias mais excêntricas acerca do que irá ocorrer de seguida não cessaram de replicar-se, aqui e acolá com ligeiras alterações de pormenor, levando a crer que uma brigada aerotransportada da Cofina Média prepara-se para tomar conta da ocorrência enquanto Miguel Gaspar assume a direcção interina do título de referência da Global Notícias - contrabalançando, com o seu historial naquele edifício da Avenida da Liberdade, os evidentes sinais de uma revolução que se avizinha - e o único verdadeiro tablóide lusitano não terá certamente de recorrer a uma das "belas & perigosas" para assegurar o período de transição. Ao longo desta sexta-feira o ecrã do meu silencioso telemóvel iluminou-se mais do que é habitual. Infelizmente, em nenhuma ocasião ouvi o irmão do ex-seleccionador nacional fazer-me uma proposta irrecusável. Mas ainda assim - e por muito que lamente o sucedido a pessoas com quem já trabalhei e por quem tenho estima -, admito que segui os acontecimentos com o mesmo espírito com que os treinadores de futebol desempregados acompanham a turbulência que afecta este ou aquele clube. Pode ser que quando a poeira assentar haja maiores oportunidades de poder reentrar no circuito. E também pode ser que não. Até porque talvez tenha dúvidas de que me apeteça voltar a cantarolar quase, sem dar por isso, esta adulterada versão de um velho poema de Sérgio Godinho: "Vi-te a trabalhar o dia inteiro/ Construindo os jornais dos outros./ Tanta força por bastante dinheiro!/ Vi-te a trabalhar o dia inteiro".
1 Comments:
O mercado lá mexeu e o telemóvel lá brilhou :)
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