Tuesday, February 13, 2007

Primeiras notícias da pública remodelação


É preciso o "Público" mudar de roupagem para eu conseguir concordar com Daniel Oliveira em qualquer coisa: mudar o logotipo do jornal foi uma péssima decisão, apesar das sinergéticas razões apontadas para esse passo, talvez comparável ao erro de Inês Serra Lopes quando recebeu "O Independente" das mãos de Paes do Amaral e logo deixou cair o triângulo azul que tanto contribuíra para alterar Portugal nos anos 80 e 90. Um conservador como o autor deste blogue costuma lidar mal com mudanças bruscas, pelo que o diagnóstico mantém-se reservado e dependente de segunda, terceira, quarta ou décima leitura. No entanto, e ainda que isso aconteça pelos piores motivos - a grave doença de Eduardo Prado Coelho -, estou muito satisfeito com a existência de uma crónica diária de Nuno Pacheco no caderno "P2". Já abandonei o "Público" há quase oito anos mas nunca esqueci o grande profissional e ser humano que é o eterno director-adjunto (por duas vezes director interino, cargo que foi mais do que um encargo do que um proveito para quem não é movido pelo desejo de poder) do diário fundado por Vicente Jorge Silva e Jorge Wemans. Quem tenha passado algum tempo pelo "Público" dificilmente pode passar ao lado da capacidade de trabalho, da vasta cultura, da dimensão humana e da extrema humildade de um camarada de trabalho que, ultrapassados os obstáculos que lhe apareceram no caminho, é hoje (como sempre foi) a alma do jornal que se confunde com a sua vida.

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