Quando os jogos sofríveis têm qualquer coisa de narrativa mitológica
Ao constatar a titularidade do adolescente Rui Patrício na baliza do Sporting tive a impressão de que o guarda-redes ficaria na história da deslocação ao Estádio dos Barreiros como uma desculpa para o aumentar do avanço do FC Porto ou, em caso contrário, acabaria por sair da Madeira como um novo herói. O nervosismo patente nas primeiras intervenções convenceu-me de que o primeiro cenário iria verificar-se, tendo chegado a dar por mim a sentir atrozes saudades do intermitente Ricardo. Mas quando foi assinalado um penálti inexistente que poderia levar à vitória do Marítimo não andei longe de ter a certeza que o rapaz alto e pouco experiente iria dar uma alegria aos sportinguistas. A forma como certos jogadores se superam nos momentos-chave é uma das explicações para o facto de continuarmos a gostar tanto de um desporto em que as exibições raramente justificam o preço do bilhete. A vitória alicerçada na defesa de Rui Patrício e no inesperado golo do ex-mal-amado Rodrigo Tello foi uma prenda saborosa para terminar o fim-de-semana.
1 Comments:
I stand corrected
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