Reviver o passado em Palhavã
Fui ontem ao Instituto Português de Oncologia. Encontrei o meu convalescente pai no sexto andar de um edifício principal menos tenebroso pela arquitectura do que pelo a qualquer momento adivinhamos estar a acontecer no seu interior. Não entrava ali há mais de 20 anos. Foi então que a minha avó materna iniciou o calvário em que se converteriam os seus derradeiros anos. Estava de tal forma sugestionado que ao sair da tabacaria situada em frente à instituição conhecida pela abominável sigla constituída por três letras que não será aqui mencionada - pode parecer parvoíce mas quando escrevo o nome por extenso não sinto tanto o peso... - reconheci por instantes a Custódia de Jesus que não me viu crescer numa senhora sentada na esplanada do café ao lado. Depois de visitar o meu pai pensei em apanhar um dos táxis que aguardam os familiares e amigos dos que ali vão parar. Mas continuei a andar e só parei na plácida segurança da Avenida de Roma onde mesmo os mais idosos pareciam gozar de boa saúde. As vírgulas que me perdoem mas ao lembrar-me daquele sítio apetece-me acelerar. E por isso concedi-lhes folga neste "post".
1 Comments:
As melhoras. beijo grande à mana.
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