A idade de Cristo ou a idade de Lázaro?
A minha costela protestante não cessa de se maravilhar com a aparente redenção de Mário Jardel. O suposto ex-toxicodependente que, em conluio com o fabuloso e íntegro ex-presidente da Casa do FC Porto no Luxemburgo, prejudicou o meu clube ao enveredar por comportamentos que forçaram a saída de Alvalade parece um homem novo: voltou a marcar golos, tem uma vida afectiva estável e recupera a olhos vistos de um défice de forma física que o tornava mais indicado para lutador de sumo do que para futebolista. Na tarde de domingo Jardel voltou a marcar com a camisa do Beira-Mar, ofereceu a camisola a uma criança que viajara centenas de quilómetros para vê-lo jogar e de seguida foi ter com a namorada que o acompanhou na mudança para Aveiro. No dia seguinte rumou a Lisboa, onde esteve a festejar o 33.º aniversário com os filhos resultantes do falhado casamento com a célebre Karen. O céptico que reside em mim duvida ainda que o avançado brasileiro vá manter-se no bom caminho ao longo do mais bíblico dos seus anos de vida, mas mesmo essa faceta da minha personalidade fica às vezes agradada quando se engana.
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