Bem prega frei Louçã...
E agora a pergunta para um milhão de dólares: qual é a percentagem dos presidentes de câmara eleitos nas listas do Bloco de Esquerda que, a acreditar nas últimas notícias, estão constituídos arguidos? A resposta é um redondo 100 por cento mas há que admitir que isso não é demonstrativo seja lá do que for a partir do momento em que Ana Cristina Ribeiro, edil de Salvaterra de Magos, é caso único de uma liderança bloquista no mapa autárquico nacional. Já muito reveladores são os argumentos apresentados pelo impoluto parece-que-é-líder-partidário-mas-não-é Francisco Louçã para que Ana Cristina Ribeiro não suspenda o mandato, seguindo o exemplo da vereadora lisboeta Gabriela Seara (e o que tanto é exigido a Carmona Rodrigues). "Este processo só aparece em Salvaterra, nesta altura, por causa do que se está a passar com a Bragaparques, em Lisboa", garantiu ao "Sol", certamente com a habitual voz embargada pela indignação, o único político português que tanto ficaria bem no "Ivan, o Terrível" de Eisenstein quanto num coro de igreja. Até porque a investigação da Polícia Judiciária não decorreu da denúncia de um cidadão acima de qualquer suspeita e apelido composto mas sim do reles proprietário de uma casa de alterne, alegadamente impedido pela autarquia de abrir o seu estabelecimento apesar de dispor de todas as licenças e alvarás. Depois disto fica provado que os Gato Fedorento fizeram bem ao não secundar a "charge" a Marcelo Rebelo de Sousa com outra dirigida a Francisco Louçã. Não é fácil satirizar quem já se dedica noite e dia a auto-satirizar-se.
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